Projetos: uma aprendizagem significativa
O trabalho com projetos possibilita um grande envolvimento na prática cotidiana. O professor com as crianças, vive o processo de construção de um projeto, tornando possível a constante reflexão sobre a prática pedagógica, articulando as experiências realizadas com o contexto que vivenciam.
Os temas partem das necessidades e desejos do grupo abordados pelo professor, que tem o papel de mediador na sala de aula, ou seja, vai viabilizando e organizando o trabalho através de constantes observações da turma para assim perceber o que está despertando o interesse das crianças.
"O planejamento desenvolvido através de projetos pedagógicos, em educação infantil, tem por fundamento uma aprendizagem significativa para as crianças. Eles podem se originar de brincadeiras, de leitura de livros infantis, de eventos culturais, de áreas temáticas trabalhadas, de necessidades observadas quanto ao desenvolvimento infantil. Vários projetos podem se desenvolver ao mesmo tempo, de tal forma que se dê a articulação entre o conhecimento científico e a realidade espontânea da criança, promovendo a cooperação e a interdisciplinaridade num contexto de jogo, trabalho e lazer.” (Hoffmann, 1999, p. 43)
Nessa proposta não existem temas que não possam ser abordados, nem existe limites/limitações para aprender. Esse trabalho indica a busca/construção do conhecimento. Os temas devem ser colocados em discussão no grupo através das rodas de conversa. Essas rodas são momentos importantes, pois constituem o espaço de argumentações/contribuições acerca de determinados assuntos. Dessa forma se oportuniza uma educação dialógica, onde os "conhecimentos de mundo" entrelaçam-se aos "conhecimentos científicos", através da pesquisa. O professor assume nessa proposta educativa, uma postura importante, levando os alunos a exporem seus posicionamentos, ficando evidente o sentido do tema.
Através de trabalho com projetos as crianças irão tornando-se mais autônomas e participativas, inclusive as mais tímidas, pois a aula passa a ser um espaço construído por elas. Sendo assim, é preciso participar, sugerir, expor pensamentos. E isso é trabalhar com projetos a partir do momento em que há reflexão sobre a prática, a busca da solução dos problemas enfrentados no cotidiano, o entendimento do "por que estamos fazendo", "o que queremos com isso", e do sentimento de que "somos capazes".
sábado, 21 de novembro de 2009
EJA
EDUCAÇÃO de JOVENS e ADULTOS
De acordo com os texto lidos o trabalho realizado com a EJA Educação de Jovens e Adultos são diferentes da escolarização regular e essa diferenciação não está apenas na faixa etária, mas na organização dos conteúdos a serem trabalhados, na linguagem utilizada, nos tempos e nos espaços, não esquecendo o sócio-histórico-cultural. É a partir do reconhecimento do valor de suas experiências de vida e visões de mundo que cada aluno jovem ou adulto pode se apropriar das aprendizagens escolares de modo crítico e significativo na perspectiva de ampliar sua compreensão, seus meios de ação e interação no mundo. Por isso, é função da educação potencializar esses conhecimentos e habilidades que o jovem e o adulto trazem para a escola, tornando-os mais capazes para enfrentar sua vida cotidiana. Paulo Freire, é defensor de uma educação de jovens e adultos onde o aluno/educando é provocado a problematizar sobre a sua história, é levado a perceber que também faz parte deste contexto, e contribui na construção do mundo do qual é parte. O aluno deixa de ser um ser abstrato, solto, isolado, um número entre tantos anônimos e passa a ser um sujeito historicamente dotado, produtor da realidade social e política. Assim o ponto de partida para o processo de aprendizagem passa a ser as condições concretas do sujeito, sua realidade.
O educador problematizador re-faz constantemente, seu ato cognoscente, na cognoscitividade dos educandos. Estes, em lugar de serem recipientes dóceis de depósitos, são agora investigadores críticos, em dialogo com o educador, investigador crítico também. [...] a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica em constante ato de desvelamento da realidade. [...] busca a emersão das consciências, de que resulte sua inserção crítica na realidade. (FREIRE 2005, p.80)
A educação de jovens e adultos se reveste de características diferenciadas, de acordo com o contexto histórico no qual ela se insere. O aluno adulto tem muito a contribuir para o processo de ensino aprendizagem, não só por ser um trabalhador, mas pelo conjunto de ações que exerce na família e na sociedade.
Portanto, construir uma educação de Jovens e Adultos que produza seus processos pedagógicos, considerando quem são esses sujeitos, implica em desenvolver um projeto que valorize seus interesses, conhecimentos e expectativas; que favoreça a sua participação; que respeite seus direitos como cidadãos e não os perceba somente como um mero objeto de aprendizagem.
De acordo com os texto lidos o trabalho realizado com a EJA Educação de Jovens e Adultos são diferentes da escolarização regular e essa diferenciação não está apenas na faixa etária, mas na organização dos conteúdos a serem trabalhados, na linguagem utilizada, nos tempos e nos espaços, não esquecendo o sócio-histórico-cultural. É a partir do reconhecimento do valor de suas experiências de vida e visões de mundo que cada aluno jovem ou adulto pode se apropriar das aprendizagens escolares de modo crítico e significativo na perspectiva de ampliar sua compreensão, seus meios de ação e interação no mundo. Por isso, é função da educação potencializar esses conhecimentos e habilidades que o jovem e o adulto trazem para a escola, tornando-os mais capazes para enfrentar sua vida cotidiana. Paulo Freire, é defensor de uma educação de jovens e adultos onde o aluno/educando é provocado a problematizar sobre a sua história, é levado a perceber que também faz parte deste contexto, e contribui na construção do mundo do qual é parte. O aluno deixa de ser um ser abstrato, solto, isolado, um número entre tantos anônimos e passa a ser um sujeito historicamente dotado, produtor da realidade social e política. Assim o ponto de partida para o processo de aprendizagem passa a ser as condições concretas do sujeito, sua realidade.
O educador problematizador re-faz constantemente, seu ato cognoscente, na cognoscitividade dos educandos. Estes, em lugar de serem recipientes dóceis de depósitos, são agora investigadores críticos, em dialogo com o educador, investigador crítico também. [...] a educação problematizadora, de caráter autenticamente reflexivo, implica em constante ato de desvelamento da realidade. [...] busca a emersão das consciências, de que resulte sua inserção crítica na realidade. (FREIRE 2005, p.80)
A educação de jovens e adultos se reveste de características diferenciadas, de acordo com o contexto histórico no qual ela se insere. O aluno adulto tem muito a contribuir para o processo de ensino aprendizagem, não só por ser um trabalhador, mas pelo conjunto de ações que exerce na família e na sociedade.
Portanto, construir uma educação de Jovens e Adultos que produza seus processos pedagógicos, considerando quem são esses sujeitos, implica em desenvolver um projeto que valorize seus interesses, conhecimentos e expectativas; que favoreça a sua participação; que respeite seus direitos como cidadãos e não os perceba somente como um mero objeto de aprendizagem.
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